sexta-feira, 24 de setembro de 2010

" O meu maior desejo é ficcional. Há realidade que se alastra e morre"

São exatamente.

Eu passo
a  vida.
Um passo atrevo
para viver.

O que não ter
suplico.
O tempo finita exatamente agora
e me engole.



 Marcos de Castro

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Expurgo.

Expurgo.

Triste fim.
Depois que se foi é passado.
O adulto passeia a margem
seu redentor,  sua prece,  sua culpa.
A sombra da árvore ao ver o rio passar
enumera.

O peixe negro para ser pescado.


Ovelha.

Ovelha.

Norte.
E a cabeça escalda ao sol,
e o peito estarrece ao suor.
Domingo parece não me conter nunca mais.

Na alegria dominical é virtuosa a tristeza .

Off- white

Off- white

No sonho moro em New York
Passeio pelo Central Park e ouço jazz
Meu inglês é perfeito
Tomo meu café no Abraço.

Sonho acordado em Bonito
O som que me condena a alma é indefinível
Meu português é perfeito
Mas sou mudo.

Me disseram para percorrer o mundo
Mas o pequeno
Encostra os meus pés.

Musgo

Mousse
Le temps qu'il me refuseest longue.

La vie que je attribuer à une fictiondure un rêve.Particules déchaînement obscur en moimoi ce que là-bas.

"Le temps qu'il me refuse est longue"...


Musgo.

O tempo que me nega é comprido.
A vida que me atribuo como ser ficcional dura um sonho.
Em mim partículas obscuras deflagam o que de mim existe.


Entre sonhos e lucidez, as incertezas. Entre delírio e dever, as tempestades. Ai, para sempre serei teu prisioneiro, neste patíbulo amargo de saudades... José Paulo Paes

Sombra

Só uma imagem
a que apresentou-se inquieta
ronda as matizes deste tempo
e sombreia o horizonte inquietante.

Outrora cantei sortilégios.
Canto agora para que a chuva caia
Insessante.
Nesta ávida água deposito fragmentos.
Para acordar.