domingo, 27 de fevereiro de 2011

Poeiras ..

Solavanco

Um terrível rio se aproxima.
Sua cor profunda precipita.
A margem pontua-se pequena.
Mártir ou suicida?

Poeiras estancam sobre a prateleira
Leitura velha, paredes descascadas.
Fotos e sombras.
O elefante enfurecido desperta
A nau deflagra e o rio o consome sem piedade.


Marcos de Castro

domingo, 20 de fevereiro de 2011

linha,


linha,





um monte de coisas
me beira.
um pedaço aparece
para achar-me.
uma árvore lá fora
uma janela em mim.



Marcos de Castro

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Viva

Norte

Hoje ao acordar
Morri.
Hoje ao jantar
Morri.
Ontem o nulo tempo
E a garoa leve devassa para deprimir.

Agora estou em minha boa hora. 


Marcos de Castro 

inexplicável

Allegoria

De olho
Vesgo ao mundo
Vago tempo percorrido
Nulo o rio verde e o céu de luar arrebatador
Seco solo caminhado
O que acontece?
O inexplicável e a alegoria
Bizarra alegoria



Marcos de Castro

Segunda

Segundo


O homem perdido
A luz que não se define
A lua agora é um filete.

O sopro é tardio
Mas respira   bem.
Sentado o quadro lá fora
São folhas que ventam

Hoje é segunda.




Marcos de Castro