sexta-feira, 1 de julho de 2011

mato relva galhos

Outro dia,

Lamento
Sua culpa e dor
Seu tédio animado
E sua tez franzina.
Ontem um rio corria ao seu lado
Limpo transparente água
Mato relva galhos

Ontem agora hoje
Onde se contem noites e dias teus
Tem um favo de mel
E uma teia tece interruptamente
Para a glória.








Marcos de Castro

sombra


Crossing

A estrada outorga a sombra de uma lua cheia
Fragmentos de gestos digitalizam-se holográficos
Naquele pedaço somente a paisagem reflete.

Pássaros zombam
Manga morcego.
A roupa reflete matizes de tons
Fumê nuvem inquieta valente.

Esta noite é para sempre
Nem passadas serão escutadas
Na calada somente eu sei
Do outro
O outro que permeia.





Marcos de Castro